Curti o fumo de reis sem nuca
existir.
Matei seus lázaros e ninguém
percebeu.
Olhei para o espelho e me
apaixonei.
Sonhei com as estrelas e nada
sei.
Sobre a neblina da noite
caminhei.
Entre os pregos te
crucifiquei.
A morada já não é meu lar.
A morte já não voltara a me
assombrar.
Pois até mesmo a ela, eu já
enganei.
A lua ilumina minha vida.
O sol destrói minhas ilusões.
Nada que possa dizer me
ajuda.
Será que és vós a besta
infernal?
A me iludir para que eu possa
ver
Por todos os lados o mal?
Em meio aos meus delírios.
Eis que sou capaz de ver
vossos olhos.
Ver o azul se tornar negro
ofuscante.
Andar ao seu lado caminhando
pelas trevas.
Sentir seu corpo em meus
sonhos me buscar.
Olhar o calor das chamas
negras que ardem.
Ardem em labaredas de
prazeres insaciáveis.
Sua mão a buscar minha vida.
E o seu coração a abrir em
mim novas feridas.
Onde vejo o passado como se
fosse novo.
Encontro assim as loucuras
escondidas de um antigo povo.
Tudo tão igual à antes que
nada posso mudar.
Lutar contra o que? Se nada
tenho eu a ganhar.
A fumaça turva encontra meu
olhar.
Queria um dia poder das
trevas ver o mar.
Ouvir as belas sereias para
mim cantarolar.
Sua insignificância vontade
por me matar.
Doce emoção que vejo a passar
por aqui.
Tão bela é a floresta que
observo.
Que em meus sonhos belas
ninfas ao de me olhar.
Na solidão de narciso hei de
ficar.
O belo devo apreciar nem que
tudo que tenho possa custar.
O sangue trás a vida e a vida
a juventude.
Seu olhar carrega o desprezo.
Como é fútil para mim te
conquistar.
Entre os deuses sou eu nada
mais que seu lar.
Você já viu sua sorte hoje?
Acredito que não exista sorte
para um ser como eu.
Vivendo e dançando pela
madrugada.
Tudo que se passa é apenas
outra caçada.
Neste mundo me chamariam de
monstro certamente.
Em seus sonhos posso ser um
príncipe.
Mas em meus olhos apenas
veras que sou demente.
Observe meu olhar e acompanhe
meu raciocínio.
Se o fizer serás digna de
respeito.
Conheça minha mente e me
veras sóbrio.
Descubra meus segredos e me
desarmara.
Se perca do caminho e
apodrecera em meu ar sombrio.
Tudo que vira a perceber é
que me amara.
Meu destino em tuas mãos?
Seu destino em minhas mãos?
Não se iluda com alguém como
eu.
Sou uma criança inocente que
nada sabe.
Mas capaz de induzi-la a
descobrir que nada sabe também.
Pense em como uma mente pode
ser enigmática.
Isto nada se compara comigo.
Meus segredos são poucos.
Meus defeitos julguem-os como
preferir.
Não venha a pensar que sou um
louco e que minhas palavras se distorcem.
Digo-lhes que em minha
insanidade vejo o mundo com clareza.
Seja vós Débora, Maria,
Joana, Luana ou Tereza.
Quão belo vejo você a andar
em meu encontro.
Quão doce seus lábios se
abrem quando falas.
Tão cruel é seu olhar a me
fitar de cima a baixo.
Você se torna tão ridícula ao
tentar me analisar.
Diga-me seus anos de estudos
psicológicos serviram para alguma coisa?
Tentar me julgar? Realmente
não vejo saídas para seus erros.
Quando me aponta a espada
precisa ter firmeza para não se cortar.
Minha mente viaja por seus
sonhos.
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