domingo, 29 de dezembro de 2013

LOUCO - Escritos de um louco

Andei perante vós sem nunca ser visto.
Curti o fumo de reis sem nuca existir.
Matei seus lázaros e ninguém percebeu.
Olhei para o espelho e me apaixonei.
Sonhei com as estrelas e nada sei.
Sobre a neblina da noite caminhei.
Entre os pregos te crucifiquei.
A morada já não é meu lar.
A morte já não voltara a me assombrar.
Pois até mesmo a ela, eu já enganei.
A lua ilumina minha vida.
O sol destrói minhas ilusões.
Nada que possa dizer me ajuda.
Será que és vós a besta infernal?
A me iludir para que eu possa ver
Por todos os lados o mal?
Em meio aos meus delírios.
Eis que sou capaz de ver vossos olhos.
Ver o azul se tornar negro ofuscante.
Andar ao seu lado caminhando pelas trevas.
Sentir seu corpo em meus sonhos me buscar.
Olhar o calor das chamas negras que ardem.
Ardem em labaredas de prazeres insaciáveis.
Sua mão a buscar minha vida.
E o seu coração a abrir em mim novas feridas.
Onde vejo o passado como se fosse novo.
Encontro assim as loucuras escondidas de um antigo povo.
Tudo tão igual à antes que nada posso mudar.
Lutar contra o que? Se nada tenho eu a ganhar.
A fumaça turva encontra meu olhar.
Queria um dia poder das trevas ver o mar.
Ouvir as belas sereias para mim cantarolar.
Sua insignificância vontade por me matar.
Doce emoção que vejo a passar por aqui.
Tão bela é a floresta que observo.
Que em meus sonhos belas ninfas ao de me olhar.
Na solidão de narciso hei de ficar.
O belo devo apreciar nem que tudo que tenho possa custar.
O sangue trás a vida e a vida a juventude.
Seu olhar carrega o desprezo.
Como é fútil para mim te conquistar.
Entre os deuses sou eu nada mais que seu lar.
Você já viu sua sorte hoje?
Acredito que não exista sorte para um ser como eu.
Vivendo e dançando pela madrugada.
Tudo que se passa é apenas outra caçada.
Neste mundo me chamariam de monstro certamente.
Em seus sonhos posso ser um príncipe.
Mas em meus olhos apenas veras que sou demente.
Observe meu olhar e acompanhe meu raciocínio.
Se o fizer serás digna de respeito.
Conheça minha mente e me veras sóbrio.
Descubra meus segredos e me desarmara.
Se perca do caminho e apodrecera em meu ar sombrio.
Tudo que vira a perceber é que me amara.
Meu destino em tuas mãos?
Seu destino em minhas mãos?
Não se iluda com alguém como eu.
Sou uma criança inocente que nada sabe.
Mas capaz de induzi-la a descobrir que nada sabe também.
Pense em como uma mente pode ser enigmática.
Isto nada se compara comigo. Meus segredos são poucos.
Meus defeitos julguem-os como preferir.
Não venha a pensar que sou um louco e que minhas palavras se distorcem.
Digo-lhes que em minha insanidade vejo o mundo com clareza.
Seja vós Débora, Maria, Joana, Luana ou Tereza.
Quão belo vejo você a andar em meu encontro.
Quão doce seus lábios se abrem quando falas.
Tão cruel é seu olhar a me fitar de cima a baixo.
Você se torna tão ridícula ao tentar me analisar.
Diga-me seus anos de estudos psicológicos serviram para alguma coisa?
Tentar me julgar? Realmente não vejo saídas para seus erros.
Quando me aponta a espada precisa ter firmeza para não se cortar.
Minha mente viaja por seus sonhos.

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