domingo, 29 de dezembro de 2013

Entre as ruínas do que nunca será igual- Escritos de um louco


Entoamos ao inferno o maior de nossos sopros de vida sobre as lendas mórbidas e antigas que nunca irão vir a retornar dias em que a coragem sobre julgava o forte do fraco e o rico do pobre.
A nobreza nada mais significa no mundo de hoje, a mim o que o titulo de Lorde pode significar agora? Ao caçador das trevas me digas quem realmente pensa que sou em meio a estes distúrbios psicológicos...
Eu que nunca estudei a vida, que nunca conheci a realidade da palavra amor, que nunca pude ver minha face ao espelho em que meus narcisos sufocaram pela maldição que busquei.
Dos quatro cantos do mundo eu vim, dos quatro ventos noturnos eu nasci, uma lenda de mim virou livro e filme e quem realmente sabe quem sou. Oh nobres seres que morrem como as crianças por que não mais acreditam no bem e no mal...
Uma noite lembro que julguei uma família de cavaleiros onde a coragem residia em sua plena virtude e o medo e covardia fiz nascer então como a luz do sol que se apaga pelas noites frias. Chamariam-me de o demônio se em fim soubessem quem sou, mas do que isso lhes importara agora, suas crenças estão mortas e afogadas perante o mais obscuro dos mares.
Será que aquele a quem clamam por deus existe realmente? O quanto à mente pode vir a nós iludir? O que seria uma maldição? Como alcançar as estrelas? Perguntas apenas isto, respostas diferentes a cada um e eu seria louco então por crer que o sobrenatural é algo inexistente ou existente?
Há dias eu estudo as almas perturbadas e a messes eu tenho sonhos de vidas que nunca foram minhas e apenas o que fiz foi provocá-los e agora vivo em terror com estes sonhos e sabe qual a melhor parte disto? É que não me importo nem um pouco já que meus medos acabam por desaparecer e a fúria começa a vencer a morte...
A morte que há dias não existe para mim, a dor se tornou algo relevante tão simples é de esquecê-la que meus ossos partidos nem mais me incomodam. Andando pela noite posso ver no reflexo das infiéis estrelas aqueles que vagam e perambulam após a meia noite.
Venha caminhar ao meu lado por entre ruas de papoulas enegrecidas entre ossos negros e creia que quanto mais negar o mundo mais estará longe de conhecer a verdadeira vida. Oh sim eu o lorde, eu o caçador do terror, eu o amante do mal e você sabe quem é?
Acredito que devo me apresentar, meu nome para vocês é Lorde Richard Drumont talvez alguém já o ouviu por ai ou até mesmo teve o prazer de falar comigo e compartilhar de minhas mentiras, afinal é isto que lhes encanta em mim não é? A minha arte de enganar e ser o que eu quiser ser. Mas hoje este dom já não é apenas meu mais.
Malditos aqueles que me amaldiçoaram a vagar, malditos aqueles que me deram novos dons para vós ludibriar contemplem agora o fim. Pois uma vez alguém me disse que para todo fim existe um novo começo e para toda nova vida deve existir uma nova morte.
Eu que já matei varias vezes e já vivi sobre um personagem que nunca existiu, já fui imortal e já tive o prazer de conhecer a verdadeira magia. Diga-me o que tens a me oferecer de melhor que eu já não tenha tido.
Este mundo inútil me revolta, um local onde o medo é perder o seu dinheiro e onde o capitalismo controla a vida. Acredita realmente que vive? Quem viveria assim, antigamente eu vivia pela lamina de uma espada e hoje tenho que viver por papeis? O metal é tão mais valioso que um monte de lixo com números.

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